Criaram um estado e agora vamos fazer o que com ele?

Postado por guZZ

Criaram o estado do Tocantins para melhorar a ocupação territorial do país, a distribuição de recursos e a gestão da região. O problema é que o estado não tem uma base social real, não tem identidade. Uma visão de desenvolvimento digamos assim. Sua elite é composta por pessoas de outros estado que foram lá colonizá-lo e se aproveitar do que aquela terra tinha para oferecer. Com isso se tornou um estado símbolo de coronéis. Talvez novos coronéis (tipo novos ricos). Não tem sociedade civil, a articulação popular é fraca, não tem mídia independente (não que o resto do país esteja muito melhor nesse ponto) e etc. Ou seja, não reune as características necessárias para ter uma sociedade local consolidada e democrática. Por isso a notícia abaixo não me surpreende em nada....


Governo de Tocantins tem mais cargos de confiança que governo federal
16/09/2009
Fonte: www.amazonia.org.br

O governador interino do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), demitiu ontem 92 servidores lotados em seu próprio gabinete que não foram localizados. A medida tem como objetivo estimular os secretários recém-empossados a tomar providências para acabar com funcionários fantasmas.

O governo de Tocantins tem 26 mil funções comissionadas, número superior aos 21 mil DAS (cargos comissionados) do governo federal. Gaguim encaminhou ontem à Assembleia projeto que extingue 7.240 cargos comissionados não ocupados. Ainda assim, o governo continuará com quase 19 mil cargos de confiança.

Os 26 mil cargos comissionados foram criados pelo governador cassado, Marcelo Miranda (PMDB), em agosto do ano passado, por meio de projeto enviado à Assembleia. Os mesmos deputados que criaram os cargos, agora devem acabar com parte deles.

A redução de cargos é apenas uma das medidas anunciadas para conter gastos. No fim de semana, o governador descobriu um rombo de R$ 880 milhões no caixa do governo: R$ 300 milhões de redução no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), já previstos no orçamento, e R$ 500 milhões em dívidas por serviços já executados, empenhados e não pagos.
Gaguim determinou aos secretários corte de 30% nos gastos com passagens, combustível, telefone e outras despesas. A medida pode significar economia de R$ 17 milhões por mês.
O Senado aprovou ontem a proposta de eleições diretas para substituir políticos que tiveram mandatos cassados. A eleição indireta de Gaguim já foi questionada pela Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins, que entrou com representação junto ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

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